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Foto de comida: a importância da fotografia para um blog de gastronomia

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Para ter um blog de receitas não basta saber e gostar de cozinhar. Além disso e de escrever corretamente para ensinar a receita de forma compreensível, é preciso, também, ter algum conhecimento em fotografia (e ir aperfeiçoando-o com o passar do tempo). Isso porque, como ainda não conseguimos transmitir nem o sabor nem o perfume dos pratos, precisamos de uma bela imagem para “vender” as receitas — ou seja, chamar a atenção do leitor e convencê-lo de que realmente vale a pena testá-la.

E não tem jeito: neste caso é a primeira impressão que fica. Ou a pessoa bate o olho, acha a imagem apetitosa e se interessa, ou nunca mais vai se lembrar da sua receita. Pode até ser o melhor prato do mundo mas, se a foto não for legal, ninguém vai curtir, comentar ou ficar com vontade de comê-lo. Aí, o propósito de compartilhar aquele conteúdo na internet acaba se perdendo.

Veja só um exemplo: qual destes dois molhos você teria mais vontade de provar?

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Com certeza o da direita seria mais votado em uma enquete. Aí eu pergunto: por que ele é mais gostoso? Não! Porque a foto está mais bonita, não tenha dúvidas.

As duas fotos foram feitas por mim. A diferença está em simplesmente colocar o molho em uma tigela e apoiá-lo sobre a mesa para clicar ou então em pensar sobre como seria a melhor foto daquele molho, considerando a louça, a montagem do prato, a finalização, os demais elementos de cena etc.

Aí tem gente que diz: mas não é mais fácil procurar por uma imagem bem bonita no Google e colocar no meu post para ilustrá-lo? Sim, com certeza é muito mais fácil. O que não significa que seja legal (nos dois sentidos da palavra): primeiro porque quase sempre a foto escolhida não ilustra exatamente a sua receita (e na própria imagem é possível perceber ingredientes ou preparações que você não usa) e segundo porque aquela foto é trabalho de alguém e raramente as pessoas dão os devidos créditos ao utilizá-las — sim, o autor de qualquer trabalho que esteja indexado pela pesquisa do Google tem direitos que devem ser respeitados (e, se não forem, caracteriza-se o plágio, que pode ser punido por lei).

Mas vamos à parte prática. Não sou fotógrafa profissional e as únicas aulas de fotografia que tive foram nas matérias técnicas da cadeira de Fotojornalismo da faculdade, todas ainda com câmeras analógicas (olha a pessoa entregando a idade aí, gente!). Sempre gostei muito desta arte, mas nunca a estudei a fundo. Tive uma fase em que era apaixonada por Lomografia, fiz algumas experiências também analógicas, mas não foi nada muito sério. A aprendizagem, no sentido de fotografar as minhas receitas para o blog, foi muito mais na base do erro e do acerto, na prática, do que em cima de livros ou de teoria.

Além disso, acho que mais de 90% das fotos de comida publicadas aqui foram clicadas usando smartphones (Motorola Defy com câmera de 5 megapixels, Motorola Atrix com 8 Mp, Motorola Razr D3 com 8 Mp e atualmente um Zenfone 6 com 13 Mp). Há bem pouco tempo comprei uma câmera Sony Cyber-shot DSC-H9 com 8.1 Mp usada e ainda estou me adaptando a ela, por isso não tenho muitos exemplos para mostrar.

Mas mesmo assim, desde o início do CP2ou1, a qualidade das imagens é uma preocupação para mim, a partir da idealização do clique. A diferença é que hoje tenho mais repertório, mais prática e muito mais referências sobre a fotografia de alimentos. E não adianta: a gente precisa aprender a usar a câmera e também todos os outros elementos para construir uma imagem que chame a atenção.

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Com base nas duas fotos dos molhos de tomates dá para perceber uma sensível evolução no que diz respeito aos cliques (o primeiro de fevereiro de 2014 e o último de janeiro de 2015). Também é clara a melhora nas outras duas montagens comparativas que ilustram este post, com uma seleção de fotos com temas parecidos (as mais antigas na parte de baixo e as mais recentes na parte de cima).

Obviamente que o equipamento influencia bastante no resultado mas, ao longo do tempo, a gente vai aprendendo uns truquezinhos e técnicas que acabam ajudando e muito no trabalho — iluminação, composição de cena, empratamento, ângulos e fundos

É para atender aos inúmeros pedidos que recebo que vou começar a falar um pouco mais sobre fotografia de comida por aqui em posts esporádicos, com as dicas que fui testando e adotando nessa trajetória de pouco mais de dois anos. Por enquanto, deixo uma listinha de referências que me ajudam como inspiração e repertório, para quem quer fazer lindas fotos de pratos de comida, seja para publicar em um blog ou só para postar no Instagram.

. Panelinha
. Martha Stewart
. Jamie Oliver
. Gastro Art (Instagram)
. The art of plating (Instagram)

É aquariana, curiosa, jornalista e tem uma infinidade de interesses — entre eles, a culinária. Não é chef (nem pretende ser) mas a necessidade de morar sozinha a fez experimentar a alquimia das panelas e descobrir que o fogão não é um bicho de quatro bocas.

4 Comentários

  • arianapazzini

    /

    Lu, vai ser um prazer acompanhar seus posts de fotografia! Estou tirando as teias de aranhas da minha máquina!

  • Luciana Carpinelli

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    Estou meio em dívida com esse projeto, mas já tenho alguns posts rascunhados, preciso “tirar do papel”.
    Mas já publiquei 3 posts, vc viu?
    Beijo 🙂

  • Isaac Paes

    /

    Vou aplicar suas dicas no meu dia a dia, obrigado por compartilhar isso! Agora vou para os cliques testar essas técnicas! hehe

  • Eduarda Lima

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    Otimas dicas vou seguir todas, com certeza boas fotos fazem a diferença.

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