Receita de Berliner Currywurst (Salsichas com molho de tomate com curry tradicionais de Berlim)
Meu guilty pleasure gastronômico é, sem dúvida nenhuma, o <3 cachorro quente <3. Simplesmente amo uma salsicha sem distinções ou preconceitos, seja ela gourmet ou daquelas que é melhor nem saber de onde vêm e o que têm dentro — como dizem por aí, nunca morri por isso! 😉
Coincidentemente ou não, morei um tempo na Alemanha, onde existem muitos mais de 1.500 tipos de salsicha (isso mesmo, MIL-E-QUI-NHEN-TOS!), e fiquei super mal acostumada. Foi nesse período que conheci e me apaixonei pelo Currywurst.
Aliás, ir a Berlim e não provar sua principal comida de rua, a tradicional porção de salsicha com molho de tomate com curry acompanhada de batatas fritas crocantes significa não conhecer realmente a cidade — é mais ou menos como vir ao Brasil e não comer pelo menos uma coxinha, por exemplo. Para se ter uma ideia da importância desta iguaria por lá, existe até um museu sério dedicado inteiramente a ela, o Deutsches Currywurst Museum.
Pois bem, a Konnopke’s Imbiß, um dos quiosques mais famosos do ramo, ficava bem no meio do caminho entre minha casa de lá e a escola onde aprendi Alemão (para quem se interessar: em Prenzlauerberg, ali na Schönhauser Allee 44, bem embaixo da estação Eberswalder Straße do metrô) e é óbvio que era uma tarefa árdua resistir a uma “paradinha” por lá de vez em quando.
O problema foi voltar para cá e não ter onde matar a saudade do Currywurst no país tropical. A solução foi, então, ir aos poucos tentando reproduzir o sabor berlinense em casa até chegar a esta receita definitiva, que vira e mexe aparece na minha cozinha.
Receita de Berliner Currywurst (Salsichas com molho de tomate com curry tradicionais de Berlim)
2 salsichas (preferencialmente do tipo Frankfurt ou, se não encontrar, da Viena)
1 dente de alho bem picadinho
1/4 xícara de extrato ou polpa de tomate
1 colher de chá de curry em pó
1 colher de chá de molho inglês
1 colher de chá de mel
1 pitada de pimenta caiena
1 pitada de canela em pó
Azeite e sal vontade
Comece “grelhando” as salsichas em uma frigideira com um mini fiozinho de azeite (eu usei da Viena porque não achei a Frankfurt desta vez). Vire para que todos os lados fiquem cozidos, sem tostar, e depois retire-as e as mantenha aquecidas.
O molho (Currysauce für Currywurst) é mais ou menos como um ketchup caseiro condimentado. Para prepará-lo, refogue rapidamente na mesma frigideira o alho e acrescente a polpa ou o extrato de tomate. Adicione um a um o curry, o molho inglês, o mel, a pimenta caiena (ou a do reino mesmo, se não tiver a outra) e a canela em pó, sempre misturando bem. Prove e tempere com sal.
Corte as salsichas em rodelas não muito finas, sirva-as com o molho e salpique mais um pouquinho de curry por cima.
Como o Currywurst original é servido sempre com batatas fritas (veja abaixo a foto do “Currywurst mit Pommes“) e não faço frituras de imersão em casa, passei na padaria perto de casa e trouxe umas para montar o “prato” da forma tradicional. Se quiser, adicione uma boa porção de maionese.
Esta quantidade serve entre uma e duas pessoas, dependendo do apetite — mas já aviso que é impossível experimentar sem repetir! (Para dois bons comedores, vale a pena preparar pelo menos uma receita e meia ;).)
Foto do currywurst original da Konnopke’s Imbiß por dapd – ©Lennart Preiss
Pingback
31 de maio de 2014 em 11:34
http://cozinhandopara2ou1.com/2014/05/31/top-10-as-receitas-mais-acessadas-de-maio2014/
Petê
6 de setembro de 2015 em 21:23
Vocês me fizeram matar saudade de Berlim. Fiz e ficou delicioso. Danke!
Luciana Carpinelli
9 de setembro de 2015 em 18:57
Petê, fico feliz que a minha receita tenha te trazido boas lembranças. 🙂
Volte sempre!
Liège
18 de julho de 2016 em 16:08
Luciana muito obrigado pela receita excelente. Eu fiz e fica muito próximo do verdadeiro currywurst de berlin. Agradeço imenso.
Ana
1 de novembro de 2016 em 12:04
Você foi pra lá estudar a língua apenas? Se matriculou em que escola?
Luciana Carpinelli
1 de novembro de 2016 em 12:51
Ana, eu sempre quis morar fora. Fui pela experiência, por morar na Europa e estar em contato com uma cultura diferente, porque precisava de um tempo para mim, para pensar e organizar a minha vida. Mas também estudei alemão, sim. Fiz o curso na GLS (German Language School) em Berlim.
Ana
1 de novembro de 2016 em 13:45
Obrigada (((:
Quero fazer o mesmo
Luciana Carpinelli
1 de novembro de 2016 em 16:41
Se eu puder contribuir com um conselho, realmente te encorajo a ir. Vale MUITO a pena, é uma experiência que te engrandece muito em todos os sentidos. Boa sorte! 🙂