Feios, gostosos e nutritivos
A aparência da comida é indiscutivelmente importante. Mas será que precisamos nos prender tanto à beleza dos alimentos quando providenciamos os ingredientes?
Por exemplo, qual é o seu critério na hora de escolher frutas e legumes na feira ou no supermercado? Aposto que você, assim como eu, já deixou de levar para casa um tomate meio disforme ou uma cenoura mais feinha — simplesmente porque eles fugiam do “padrão”.
Milhões de toneladas de frutas e vegetais que poderiam alimentar mais de 200 milhões de pessoas são descartados anualmente no mundo todo simplesmente porque apresentam alguma “imperfeição”. Entretanto, é importante lembrar que seu sabor não é diferente, assim como sua composição nutricional.
Pois meu intuito aqui é provocar uma reflexão: se o alimento está íntegro e bem conservado, que diferença faz se ele é perfeitamente bonito ou um pouco mais tortinho? Em algumas poucas situações, quando serão utilizados inteiros e crus, a apresentação pode até contar; mas se eles forem virar um suco, uma sopa ou um purê, te garanto que vai dar na mesma.
Vamos deixar de lado mais este preconceito? Eu já estou me esforçando para sair do automático. 😉
1. Quem se importa com uma cenoura feia na sopa?
2. Uma maçã grotesca por dia também nos mantém longe do médico. (Brincadeira com o ditado em inglês: An apple a day keeps the doctor away.)
3. O limão mal feito, do mesmo criador do limão.
4. Berinjela desfigurada: tão barata que poderia ser ainda mais desfigurada.
5. Batata ridícula eleita miss purê 2014.
6. Laranja horrível que faz um suco maravilhoso.
Estas foram as mensagens da famosa campanha do Intermarché, uma das maiores redes de supermercados da França: “Frutas e Legumes Feios” (Les Fruits & Legumes Moches), que teve como objetivo incentivar seus clientes a evitarem o desperdício de alimentos. As peças criadas pela agência Marcel chamaram tanta atenção que ganharam o prêmio Leão de Bronze no Festival de Criatividade de Cannes.
Assista ao vídeo da campanha:
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