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Polenta de grão de bico

Eu amo polenta. E as razões do meu amor são praticamente infinitas: é uma delícia, é fácil de fazer, é uma comida que me lembra da minha vó Nair, que sustenta, esquenta, combina com praticamente qualquer coisa, quando sobra pode ser frita e vira um petisco irresistível…

Só que nós, aqui no Brasil, temos um grande problema com seu principal ingrediente: nosso fubá é feito de milho transgênico e, além disso, cheio de agrotóxicos. E, meudeus, como é difícil conseguir uma opção sem aquele triângulo amarelo com o T na embalagem mostrando a origem do ingrediente!

Não sei o que você acha sobre isso, mas eu, particularmente, prefiro evitar. E o pior é que há uma pressão imensa da indústria para que o governo deixe de exigir o uso deste selo. Ou seja, até parece que as grandes empresas alimentícias vão se importar com a origem do que a gente come, não é mesmo?

Pois então eu tenho experimentado ingredientes alternativos para preparar meu prato preferido. Já publiquei aqui a Polenta de painço (parece coisa da Bela Gil, mas eu juro que fica uma delícia!) e agora trago a Polenta de grão de bico, que na verdade não é uma invencionice da moda, mas uma receita super tradicional na Itália, preparada com a farinha de grão de bico. E ela ainda tem um nome super fofo em italiano: Polenta Ceci. <3

Assim como o fubá ou milho, o grão de bico não tem glúten. Além disso, ele é super nutritivo e tem poucas calorias. Rico em fibras, ajuda a saciar a fome, e ainda tem quantidades significativas de proteínas, cálcio e ferro, além de ser uma fonte de carboidratos complexos de baixo índice glicêmico — evita aqueles picos de glicemia no organismo, que dão mais fome e muita vontade de comer doce —, reduzir os níveis de colesterol ruim no sangue e contribuir para metabolizar melhor as proteínas.

Ah, outra vantagem do grão de bico é que ele é uma ótima fonte de triptofano, aminoácido que estimula a produção de serotonina, a substância que gera bem-estar. Ou seja, ainda nos deixa felizinhos depois de comê-lo. Vai esperar o que para também experimentar esta polenta de grão de bico? Ah, e pode comer de colher, sim. 😉

Polenta de grão de bico

3/4 xícara de farinha de grão de bico
1 xícara de caldo de legumes (ou água)
1/2 xícara de leite (pode ser vegetal, se preferir)
1 dente de alho
2 a 3 colheres de sopa de queijo ralado (opcional)
1 colher de sopa de manteiga (se preferir, substitua por um bom fio de azeite)
Sal e pimenta do reino

Em uma panela, misture a farinha de grão de bico com o caldo de legumes ou água e o leite (isso evita que a polenta empelote). Coloque o alho inteiro (descascado) e leve a panela ao fogo médio, mexendo sem parar para cozinhar e engrossar sem empelotar.

Dica: eu definitivamente não recomendo, mas se quiser, substitua o caldo de legumes caseiro por meio tablete de caldo industrializado dissolvido na água, por sua conta e risco.

O leite ajuda a deixar a polenta cremosa, mas mexer bem também ajuda. Se preferir, use um mixer para fazer isso (o resultado é uma polenta cremosa MESMO) .

Quando começar a borbulhar, adicione o queijo ralado, se for usar, e a manteiga (ou o azeite) e continue mexendo. Prove e corrija o sal, se necessário. Finalize temperando com a pimenta do reino.

Deixe engrossar até o seu ponto preferido (mais mole ou mais firme). Retire o alho inteiro, que ajudou a perfumar a polenta, e sirva em seguida. Se quiser, finalize com mais um pouco de queijo ralado.

Eu acompanhei minha polenta de grão de bico com o Quiabo tostadinho com molho de tomate, com Grão de bico crocante e uma saladinha de mini-rúculas temperada com bastante limão. Uma refeição completa, equilibrada e super saudável — além de deliciosa.

Esta quantidade serve muito bem duas pessoas (ou três que não comam muito!). E já sabe: se sobrar, faça uma camada homogenea em um pote e guarde na geladeira. No dia seguinte é só cortar em palitos e fritar (ou assar ou colocar na air fryer) até ficar crocante. 😉

É aquariana, curiosa, jornalista e tem uma infinidade de interesses — entre eles, a culinária. Não é chef (nem pretende ser) mas a necessidade de morar sozinha a fez experimentar a alquimia das panelas e descobrir que o fogão não é um bicho de quatro bocas.

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