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Um incentivo para ir a feiras livres

Constantemente ouço no consultório: “vou ao supermercado com a intenção de comprar frutas, verduras e legumes mas, chegando lá, invariavelmente eles estão feios, murchos e sem vida”.

Bem, não podemos generalizar mas, de fato, o caminho que alimentos frescos percorrem até chegar aos grandes distribuidores é bem longo. Geralmente, após sair do produtor, o alimento acaba indo para um ponto de distribuição e só depois segue para as prateleiras do mercado. Isso acaba prejudicando sua aparência e frescor.

Por essas e outras, sou uma super incentivadora de feiras livres! Desde pequena, acompanhando minha mãe, frequentava a feira da Rua Cayowaá, na zona oeste de São Paulo. Só depois, recentemente, fui perceber que ir a feiras se tratava de uma experiência muito mais rica do que apenas comprar alimentos mais frescos, que percorrem um caminho menor até o consumidor e, justamente por isso, muitas vezes são mais baratos.

A feira é um verdadeiro espetáculo. Estimula, literalmente, os cinco sentidos.

Comece olhando para as barracas, coloridas, com alimentos de diversas formas e cores. Procure reparar na mistura de tons que é possível. Se for um dia de sol então, fica mais bonito ainda.

Depois, preste atenção nos cheiros, aromas, perfumes, como você quiser chamar. Se eu fosse descrever, o cheiro de uma feira seria uma mistura de terra molhada com cebolinha, coentro e cominho, não esquecendo do peixe e do pastel. Tudo junto mesmo. Só variando a intensidade de cada um de acordo com a parte da feira em que você está.

Ao passar pelas barracas, pegue os alimentos na mão. Sinta as texturas, se são mais molengas, mais rígidos, mais macios, mais ásperos. Isso é essencial, inclusive, pra conseguir escolher os mais maduros ou mais verdes, por exemplo. Tenho certeza de que você vai se surpreender com as diferentes sensações.

“Mulher bonita não paga! Mas também não leva!” é o tipo da coisa que você vai ouvir ao longo da sua caminhada por uma feira livre. É muito interessante e engraçado prestar atenção nos argumentos de venda, nos bordões, na gritaria, só para chamar a atenção do potencial freguês. E as discussões sobre futebol, quem ganhou ou perdeu no dia anterior, se foi pênalti ou se o juiz roubou. Garanto que vai render umas risadinhas durante suas compras.

E, por último, mas não menos importante: os sabores. Com certeza vão ter alguns feirantes querendo que você prove alguma coisa. Aceite! Se não, pode rolar uma ofensa. Caso não queira, diga que tem alergia, para ele não achar que é algo pessoal. Brincadeiras à parte, é uma ótima oportunidade para experimentar coisas novas e diferentes, antes de decidir se vai comprar ou não. Feito isso, aconselho que você termine seu passeio pedindo um belo pastel saboroso acompanhado de caldo de cana bem docinho, sem neuras. Que tal?

Espero que a minha experiência e os meus argumentos tenham sido um incentivo para ir a feiras livres! Conte também a sua experiência pra gente. 😉

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Raquel Labonia
 é uma nutricionista completamente apaixonada pelo que faz e com intensa e incansável vontade de fazer a diferença no mundo. Motivada por essa inquietude, em 2015 criou a WellMove (abreviação de Wellness Movement), que representa um Movimento Pelo Bem-Estar em seu sentido mais amplo. Estar bem é a harmonia entre o nosso físico, mental e também o ambiente em que vivemos. Hoje, a WellMove se tornou uma Consultoria em Nutrição e Bem-Estar atuante em diversas áreas, que trabalha com projetos de qualidade de vida, sustentabilidade, comunicação e marketing nutricional e consultas particulares em consultório.

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